A família e a escola, são, inegavelmente, na nossa cultura, os dois principais contextos do desenvolvimento humano. De maneira independente e cada uma ao seu modo, essas duas instituições humanas dão contribuições decisivas à nossa formação, constituindo-se individualmente no que o autor Urie Bronfenbrenner chamou de microsistema, aquele sistema que compreende as interações entre a pessoa e seu ambiente mais imediato, as chamadas chamadas interações "face a face".
Pode-se, portanto, deduzir das afirmações anteriores que quanto mais integradas estejam família e escola, mais positivamente se constitui um entorno (um mesosistema, para Bronfenbrener) provedor de oportunidades de desenvolvimento saudável em todos os aspectos.
A nossa realidade, todavia, é bem diferente do cenário ideal, no qual família e escola constituiriam parcerias. Há mais de dez anos, publiquei um artigo no qual eu discutia justamente a relação entre a família e a escola e apresentava pesquisas nas quais professores e diretores de escolas (públicas) acusavam pais e responsáveis pelos seus alunos de não colaborarem com a escolarização destes últimos, sendo a família a principal responsável pelo fracasso escolar, na opinião da escola.
Mais de uma década se passou e as mudanças parecem ter sido bastante modestas neste campo. Um outro dado que chama a atenção é o fato de as relações entre família e escola serem problemáticas também em outros países considerados desenvolvidos, como nos informa a professora Heloisa Szymanski, na introdução do primeiro vídeo (postado acima) e como podemos constatar nos vídeos abaixo, oriundos de Portugal e Espanha.
Sendo assim, enquanto mais pesquisas devem ser realizadas no intuito de compreender e transformar as relações que se estabelecem entre as instituições escolares e familiares, melhorando a qualidade da educação no seu sentido mais amplo, a reflexão, sistematização e divulgação da experiência cotidiana e de práticas bem sucedidas, podem ajudar a criar uma cultura favorável de envolvimento e trocas entre a escola e a comunidade à qual ela presta seus serviços.
Pode-se, portanto, deduzir das afirmações anteriores que quanto mais integradas estejam família e escola, mais positivamente se constitui um entorno (um mesosistema, para Bronfenbrener) provedor de oportunidades de desenvolvimento saudável em todos os aspectos.
A nossa realidade, todavia, é bem diferente do cenário ideal, no qual família e escola constituiriam parcerias. Há mais de dez anos, publiquei um artigo no qual eu discutia justamente a relação entre a família e a escola e apresentava pesquisas nas quais professores e diretores de escolas (públicas) acusavam pais e responsáveis pelos seus alunos de não colaborarem com a escolarização destes últimos, sendo a família a principal responsável pelo fracasso escolar, na opinião da escola.
Mais de uma década se passou e as mudanças parecem ter sido bastante modestas neste campo. Um outro dado que chama a atenção é o fato de as relações entre família e escola serem problemáticas também em outros países considerados desenvolvidos, como nos informa a professora Heloisa Szymanski, na introdução do primeiro vídeo (postado acima) e como podemos constatar nos vídeos abaixo, oriundos de Portugal e Espanha.

Do material postado nesta página do nosso blog, sejam artigos, livros (ver seção TEXTOS, ao lado) ou vídeos (ver a postagem Dicas Preciosas!), bem como da nossa experiência junto a algumas escolas, sugerimos algumas ações que podem ser levadas a cabo pelos profissionais que atuam nas unidades escolares, para atrair e estimular a participação ativa da família no processo educacional. Endereço as recomendação aos educadores profissionais por concordar com os diversos especialistas quando estes afirmam que é papel da escola tomar a iniciativa para que o vínculo seja estabelecido, já que esta se constitui de pessoal qualificado e ocupa lugar (físico e social) privilegiado para este tipo de ação.
Aqui, portanto, estão algumas sugestões:- Não chamar os pais apenas quando seus filhos apresentam problemas de aprendizagem ou comportamento: os pais ou responsáveis naturalmente "declinam do convite" para comparecer à escola, quando sabem que ouvirão (as mesmas) queixas sobre sua prole;
- Reformular a reunião de pais, tornando-as mais informativas: comunicar os progressos dos alunos, dar a conhecer a linha de atuação da escola, oferecer palestras com temas que interessem à comunidade, são eventos que costumam atrair a atenção da família;
- Flexibilizar o atendimento para os pais que trabalham nos horários de aula: a escola deve fazer o possível para se adaptar às características (limites e possibilidades) da sua clientela;
- Promover atividades sócio-culturais nas quais a comunidade possa participar: datas comemorativas, grupos artísticos, competições esportivas; usar a escola como equipamento social, comprovadamente diminui a violência e a depredação do patrimônio;
- Acolher bem e utilizar uma linguagem adequada, principalmente para os pais de pouca escolaridade: a escola pública ainda lida com muitas famílias com pouca ou nenhuma escolaridade. Estas famílias se sentem mal no ambiente escolar em função desta limitação. Não se pode pedir a participação de alguém que não se sinta acolhido;
- Admitir representantes da comunidade na formulação, avaliação e revisão do Projeto Político Pedagógico: a escola não pode se posicionar como a única detentora de saberes importantes nem enxergar a família como pessoas que apenas devem receber e acatar as suas recomendações;
- Usar da Das tecnologias de informação e comunicação (TIC's) como mais um recurso na interação com as famílias: com o barateamento dos artigos tecnológicos destinados à comunicação, a troca de informações pode se dar com maior frequência. Deve-se tomar cuidado apenas para que não se extingam os contatos presenciais.

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